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    Celsius & Fahrenheit
    27 NOV 2020 – 09 JAN 2021

    Manuel Caldeira e Gil Madeira são dois artistas Portugueses cujo trabalho será apresentado em simultâneo na Kubikgallery no próximo dia 27 de novembro. Apesar de diferentes origens, desafiamos estes artistas a dialogar, conversar e coexistir no espaço da galeria, com uma exposição dupla que mostra, não só o trabalho individual de cada um, mas também os paralelismos e dualidades que surgem naturalmente quando juntamos os seus trabalhos num só espaço.

    O trabalho de Manuel Caldeira navega entre a pintura e a escultura questionando precisamente os limites de cada prática. Podemos encontrar elementos geométricos nas suas obras cujos recortes sugerem uma relação com o espaço, seja este bidimensional ou tridimensional.

    Gil Madeira, reflete acerca da luz e da cor numa perspetiva mais relacionada com o ecrã e com o digital através de uma pintura industrial – a pintura automóvel e a utilização do vidro possibilitam a aproximação da pintura com a do ecrã.

    Ambos testam os limites dos suportes mais tradicionais: Manuel Caldeira no sentido de pensar num trabalho hibrido em que a pintura se funde com a escultura ou vice-versa; Gil Madeira ao trazer a imagem digital para o universo da pintura através de uma estética do polido e do liso. Os artistas tendem a diluir os cânones das práticas artísticas tradicionais é a partir deste paralelismo que construímos esta mostra.

    Gil Madeira (1988, Lausanne, Suíça)

    Na sua prática artística, Gil Madeira trabalha a luz e a cor tentando aproximar a pintura à ideia de ecrã, ao digital, ou à estética a si associada – a do liso e do polido.

    A superfície lisa é uma tendência presente no mundo digital, mas também nas indústrias automóvel e cosmética, onde o artista vai buscar técnicas e materiais. A superfície surge assim como algo livre de defeitos, que induz ao Gosto, não contendo em si negatividade e com o desejo de ser aceite. Nas pinturas, as transições suaves de cor e os acabamentos vidrados procuram trazer esse caráter, o de não ferir, e até mesmo de incluir o espectador no seu reflexo.

    Vive e trabalha no Porto. Licenciado pela Faculdade de Belas Artes do Porto prosseguiu estudos na Akademie der Bildende Kunste em Viena.Exposições individuais: Pintura/ecrã, Galeria Extéril (Porto, 2020), Color Flare, Land (Porto, 2019), Luminescência, Galeria do Sol (Porto, 2019), Peak Chroma, Silo Espaço Cultural (Porto, 2018), Estúdio 4, solo exhibition, Forum Maia (Maia, 2017), Um pedaço de Viena, Galeria Extéril (Porto, 2014), La mécanique des sols, exposição EUNIC – Biennale de Dakar d’art contemporain (Senegal, 2014). Exposições coletivas (seleção): Herdámos as margens, Espaço Mira (Porto, 2020), 001CA, Art Lab 24 (Espinho, 2018), P de pintura, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto (Póvoa do Varzim, 2018), Rundgang, Semperdepot (Viena, 2014), Rundgang, Semperdepot (Viena, 2013), Mnemosine, Galeria dos Leões (Porto, 2012), 15 Minutos de Fama, Galeria Extéril (Porto, 2011), Intocável, Palacio das Artes (Porto, 2010).

    Manuel Caldeira (1979, Oeiras, Portugal)

    O meu trabalho parte inicialmente de um estudo e pesquisa para uma coreografia ou acto performativo, que ainda que sem um guião, estuda e tenta mapear possibilidades e relações entre corpos, luzes, espaço e som.

    Tento colocá-la nas entrelinhas. Na escultura que quer ser pintura, desenho que quer ser escultura, na pintura que quer ser palco. Os trabalhos assumem muitas vezes o lado preparatório e sintetizado do estudo ou maqueta, um “esquiço” das possibilidades para o corpo que procura como se materializar.

    Vive e trabalha em Lisboa. Estudou Pintura na Byam Shaw School of Art, Londres e no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual onde terminou, em 2006, o Curso Avançado de Artes Plásticas. Participou no curso de Artes Visuais do programa Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2015 foi seleccionado para o Prémio EDP Novos Artistas e Prémio Amadeo de Souza Cardoso. Das exposições que integrou destacam-se Break a Leg, Rui Freire Fine Art (2020); Red as Scarlet White as Snow, Giefarte e Si Sol Flat, Ar.Co de Xabregas (2019); Vapor2 em Rockaway Beach NY; Spettacolo na Galeria João Esteves de Oliveiras, (2017); Prémio EDP Novos Artistas no Museu da Electricidade (2015); Mostyn 20 Agora, na Mostyn Gallery, Wales; Araruta (colaboração com Ana Jotta) na Galeria João Esteves de Oliveira ; Antes que me lembre, Fundação Carmona e Costa, (2012). O seu trabalho encontra-se representado em diversas colecções.